segunda-feira, 29 de novembro de 2010

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RUSH em Porto Alegre.  



 

RUSH - VAPOUR TRAILS TOUR em Porto Alegre

QUEM: Eu e mais uns 40/50 mil malucos lotando o Estádio Olímpico.

ANTES
Saí  lá pelas 18h. do antigo trampo (Centro de Educação Patrimonial e Ambiental da Pref. de Poa).  Me lembro que era uma tarde que havia chovido muito e eu contava com a ajuda de São Pedro para para a chuva ( o que de fato aconteceu) pois eu estava muito ansioso pelo histórico show do "power trio canadense" em solo gaúcho e pela primeira vez no Brasil.

Combinei de encontrar uns camaradas nas redondezas do estádio e assim que nos encontramos fomos direto para um barzinho próximo tomar algumas geladas só para o aquecimento. Antes de entrar no estádio algumas visitas ao banheiro (Mea culpa, maldita Skol) e uma ameaça de multa se eu pedisse para parar pra mijar de novo dentro do gramado do Olímpico (o que de fato seria um sonho para mim enquanto bom colorado). Comemos o mínimo possível e completamos o resto da grana que sobrou do pós-cervejas com umas bolachinhas trakinas pra reforçar o rango.





DURANTE
A fila para a pista dava a volta ao redor do Olímpico. Encontrei muitos camaradas na fila, como eu já esperava. Esperávamos que desse rolo, pois a maioria deles veio com a camisa do time e ficaram fazendo e ouvindo provocações de gremistas um bom tempo, mas felizmente nada aconteceu. Descobrimos que ainda existia ingresso à venda na bilheteria. Camisetas oficiais da tour: R$40 direto no coração. 
Passando a catraca, fizemos o ritual sagrado de entrar no recinto e dar uma cuspida no gramado (Êêêêêêê pau no cu do Grêmio!) e nos acomodamos, pois ainda teríamos que esperar umas duas horas até o início do show. (entramos às 19hs. e o show começava às 21hs., o que não era bem verdade, conforme verão a seguir). Fui ao banheiro, e na volta uma loiraça me pergunta "I aíí guriêê tu não têim um béck?" Porra, se fosse cevinha até eu tinha..... pô fudeu.... mas eu tinha alguém e tal... e melhor ter ficado assim mesmo... na real naquela noite eu não estava para love..... eu estava para Rock´n´roll !!!!
Comemos um cachorro-quente que me deixou SAUDOSO (absurdos R$3 por pão mole, salsicha mal cozida, catchup e mostarda). O efeito das trakinas já havia passado. Esperamos... esperamos.. esperamos.. Mas o Rush não é pontual em suas apresentações? Bom, eles também não tocam em estádios abertos ;P Aqui no .br acho que resolveram fazer como os brasileiros e começaram com 20 minutos de atraso.
Entraram DE_SOLA com Tom Sawyer, fazendo a galera delirar logo de início. Não lembro do setlist inteiro, mas havia  música antigas e músicas do Vapour Trails.
Resolvi fazer a minha boa ação do dia e botei uma ilustre desconhecida (até então) em cima dos meus ombros. Acho que consegui aguentar a metade da primeira parte do show (um pouco mais de uma hora) assim, e pulando um pouco, ainda bem que ela era levinha. Mas ficou por aí mesmo.... pelo motivo já supra mencionado.


Neil Peart ....... não é humano, ou pelo menos não tem só dois braços +_+ Tudo aquilo que eu via nos vídeos é verdade, ele fez, girou a bateria, trocou de mãos enquanto rufava, fez firula com as baquetas, tudo isso ao mesmo tempo enquanto ficava com aquela cara de pitbull com fome. Um polvo baterista. E a galera toda segurando o queixo, eu inclusive. A cena era essa: Neil solando, eu e metade do estádio em silêncio absoluto, de boca aberta, no sentido literal da palavra. Tá, ele tem os seus motivos pra ranhetice (no mesmo ano perdeu a mulher e a filha por motivos diversos e a banda quase acaba por causa disso) e nunca foi lá essas coisas sociáveis desde o início. Nem compareceu à coletiva de imprensa. Talvez seja esse o preço compensatório de ser considerado pela maioria do pessoal que conhece música e pelo pessoal técnico como o melhor baterista do mundo. E ele provou isso com uma mão amarrada nas costas. Alex Lifeson e Geddy Lee também não foram de falar muito com a platéia (aliás só o Geddy disse alguma coisa e o Lifeson só resmungou numas palhaçadas lá durante La Villa Strangiato, tudo combinado, claro), até porque mesmo o que a gente queria era música. E eles botaram pra quebrar com tudo.

Pontos emotivos do show: Resist, tocada somente no violão e baixo acústico, coisa inédita pra mim, e quase fizeram rolar umas lágrimas pela minha face quando vi o povo cantando junto. Fiquei com olhos rasos d'água =;õ)))), as duas primeiras partes de 2112 que foram tocadas e levaram a galera à loucura, Limelight fez a galera toda cantar junto, Spirit of Radio creio ter sido a música mais esperada pela maioria, Freewill foi o que causou o primeiro arrepio na espinha, La Villa Strangiato, Roll the Bones, Dreamline, The Trees, Driven, Ghost Rider, Closer to the Heart, Natural Science... Essas foram as que eu lembro agora. No bis teve By-Tor and the Snow Dog (detalhe pro videozinho no telão, uma versão de 2 Stupid Dogs estreada pelos alter egos caninos de Lee e Lifeson), Cygnus X-1 e Working Man pra fechar com chave de ouro.
Depois do intervalinho de 20min eu consegui ir um pouco mais pra frente. As meninas que conhecemos no show (eba!!) cansaram e foram lá pra trás, daí aproveitei pra tentar chegar com a tropa de choque (fogo, briam, alazaf e vingador) lá no gargarejo. Difícil, nos shows onde tem mais agito e empurra-empurra as chances são maiores. No Rush, passou a primeira música o pessoal acalma e ninguém vai pra frente, ninguém vai pra trás.
Destaque para os efeitos especiais, iluminação perfeita, um telão de alta definição atrás do palco babante (pra ter uma idéia, era um display de alta definição maior que a tela do cinema do Beiramar Shopping - grandes merda, como se no beiramar o cinema fosse grande :PP), pirotecnias combinadas com as imagens do vídeo e os lasers, que me deixaram sem palavras. Nada daqueles laserzinhos xinfrins de festa do marisco de Tucundaré ou de conjunto breganejo, era raio lêizio pra tudo quanto era lado cruzando o estádio de um canto a outro.

ÓBVIO que não faltou o xunxo do Geddy Lee aparecer com a camisa da seleção brasileira. Parece até um costume das bandas grandes quando vêm pra cá....e para acabar vale lembrar que deste show saiu um DVD no Brasil (pouca gente sabe disto).... Grande noite em solo porto alegrense.







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