segunda-feira, 29 de novembro de 2010

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A triste verdade sobre o Rio Gravataí. 








        A prática da canoagem me possibilitou conhecer um pouco de  toda a beleza e complexidade de nossos de nossos rios e assim compreender  melhor toda a sua importância para nossa vida.
        Neste  pequeno texto busquei retratar  um pouco  da degradação ambiental encontrada ao longo da bacia do rio Gravataí.


  (Foto: iniciando mais uma aventura.)
 
 

         Desde a Antigüidade, as águas dos rios são essenciais para que as pessoas possam viver. A  água representa vida. Mas que bom seria se ainda fossem nossos rios despoluídos como já foram no passado. Toda uma complexa rede de vida depende de sua salutar existência. E não podemos esquecer que entre os seres que precisam da água limpa para sobreviver inclui-se nossa espécie.


(Foto: a vida resiste no Jacuí)

                 O nosso rio Gravataí é fonte de vida para todos aqueles que vivem nas inúmeras cidades as suas margens mas infelizmente vem sofrendo um acelerado e preocupante  processo de poluição e sua preservação resulta urgente.  
         Em sua nascente  predominam as culturas intensivas de soja, trigo, utilizando o sistema de cultura rotativa e em sua área sul ,aparece além destas culturas,  o cultivo do arroz e um forte incremento da pecuária.
         Segundo dados do Laboratório de amostragem da FEPAM o problema da poluição em na região da nascente do Gravataí  resulta principalmente do mau uso do solo agrícola e da falta de práticas conservacionistas que muitas vezes  conduzem a processos erosivos com o aumento da turbidez  das águas bem como gerando o acréscimo dos sólidos totais nas águas do rio. 

          Também podemos observar  que o  mau uso do solo agrícola associado a aplicação indiscriminada de agrotóxicos em nossa região também são  fatores de agressão ao rio e acabam por contribuir decisivamente para a degradação da qualidade ambiental em toda a sua bacia. No trecho final do rio Gravataí, já mais próximo a Porto Alegre,  destacam-se ainda as atividades de mineração de carvão e operação de usinas termelétricas.

         Neste ponto  um grande volume de lixo doméstico e industrial  é lançado diariamente sem qualquer tratamento nas águas do rio que bravamente sobrevive a  ação predatória do homem. Mas apesar de todo descaso o Gravataí ainda é um rio vivo pois graças ao seu grande volume de água  boa parte da  matéria orgânica poluente que  nele é lançada acaba diluída.  Mas em alguns pontos o rio esta no seu limite e precisa de ajuda.    
          
         Nestas fotos (abaixo)  podemos observar alguns pontos na confluência com os rios Gravataí e dos Sinos já na grande Porto Alegre onde as margens transformam-se por quilômetros em verdadeiros lixões a céu aberto e a água do manancial mais parece um esgoto a céu aberto.  Realmente não foi nada agradável remar naquela região.

 (Foto: lixo acumulado nas margens.)


                        A poluição mais comum é aquela causada pelo lixo que o homem joga nos rios. O crescimento das cidades e de sua população aumentaram os problemas, porque o tratamento de esgotos e de fossas não conseguiu acompanhar o ritmo de crescimento urbano.

         Em alguns pontos a poluição é crítica e quase irreversível. Uma vez nas águas o lixo pode causar doenças e até a morte dos peixes bem como penetrar na cadeia alimentar vindo a envenenar o próprio homem. Da omissão dos gestores públicos e de todas as pessoas que não preservam o meio ambiente  resulta esta alarmante situação. 
       
        O rio em alguns pontos mais parece um depósito de achados e perdidos. Nele encontramos de tudo: chinelos, peneus, sofás, botijões  de gás, garrafas, lâmpadas e até carros velhos são jogados em suas águas. Faz um bom tempo que nossos rios tornaram-se o local preferido da população para jogar fora tudo o que considera lixo.

  (Foto:  lugar de sofá é na sala.)


         Por não ter havido no passado o necessário investimento em  educação ambiental e na formação de uma consciência ecológica no cidadão hoje todos pagam um alto custo por seu descaso com o meio ambiente. Daí resulta a importância de protegermos nossos rios  pois se nada for feito em breve estaremos aqui em Porto Alegre na mesma situação caótica em que se encotram grandes centros urbanos que já não podem oferecer água com qualidade para seus habitantes.   

 (Foto: um cenário preocupante).

         Nossos empresários e o poder público também devem compremeter-se a reduzir a emissão de resíduos e produtos químicos nos rios.  Produtos químicos e a sujeira dos esgotos são jogados diretamente nos rios sem o necessário tratamento. Este excesso de sujeira acaba afetando o leito dos rios e seu ciclo biológico. Ou seja, as plantas e animais que nele vivem passam a sofrer problemas e o homem passa assim a dispor de água não potável.  
         
      Algumas medidas podem ser tomadas visando a preservação ambiental e cada um de nós pode dar sua contribuição seguindo os seguintes passos; 

  1. Não jogue lixo nas águas dos rios.
  2. Não canalize esgoto diretamente para os rios.
  3. Não desperdice água, em casa ou em qualquer outro lugar.
  4. Observe se alguma indústria está poluindo algum rio e avise as autoridades sobre a ocorrência.









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